quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O novo Novorizontino

Em 2015, eu assim como muitos, fiquei surpresos quando anunciaram as quatro equipes promovidas para a 1ª divisão do campeonato paulista do ano seguinte. Um dos times "debutantes" me chamou bastante atenção e por isso, me comprometi a escrever sobre ele no início de 2016, quando o Paulista começa-se, essa equipe é o Grêmio Novorizontino.

Sim, o nome é o mesmo, mas como se sabe, aquela equipe que surpreendeu a todos quando chegou na final do Paulistão de 1990 contra o Bragantino, na decisão que ficou conhecida como a "final do interior", infelizmente decretou falência em 99. Mas assim como o tradicional Rangers da Escócia, que depois de ser extinto, foi refundado e começou do zero no país, o novo Novorizontino também renasceu e em 2001 retomou as atividades como clube amador, anos depois se afiliou novamente à Federação Paulista e iniciou uma nova trajetória. 



A semelhança com o antigo time da cidade de Novo Horizonte não é mera coincidência. As cores, o mascote, o hino, o uniforme e até o apelido de "Tigre do Vale" são os mesmos, tudo para tentar resgatar ao máximo os habitantes da cidade e os torcedores do clube de antigamente. A grande diferença está no nome e no escudo. O clube antigo chamava-se Grêmio Esportivo Novorizontino e no escudo, além da data de fundação de 13/03/1973 ficava apenas a sigla do clube: G.E.N. No reinício, a nova data de fundação consta no escudo (11/03/2001) e a sigla foi substituída pelo nome completo do time: Grêmio Novorizontino, sem o "esportivo" que constava no registro antigo.

Fora isso, tudo igual, inclusive o estádio, o tradicional Jorge Ismael de Biasi. E assim como aquele time que fez história no início dos anos 90, sob o comando do técnico Nelsinho Baptista e que revelou jogadores como Alessandro Cambalhota (que foi peça importante no ressurgimento do clube) e o zagueiro campeão mundial em 94 Márcio Santos, o novo Tigre também já realizou suas façanhas. Em 2012 disputou e foi promovido na quarta divisão do Paulistão, apenas dois anos depois de anunciar que voltaria a disputar torneios oficiais, quando filiou-se novamente à FPF. A partir daí, só alegrias. Seguidas promoções no estadual e até o título em 2014 na Série A3. Nesse mesmo ano também voltou a disputar a Copa SP de Juniores, valorizando também seu trabalho nas categorias de base.

Enfim em 2015 o sonho se realizou. Com o vice-campeonato na série A2, perdendo a final para a tradicional Ferroviária de Araraquara, o Novorizontino alcançou o retorno a primeira divisão do futebol do estado. Agora em 2016, o objetivo é modesto mas também complicado: é não ser rebaixado. O técnico atual, assim como nos anos 90, também é ex-jogador e famoso e busca sua primeira conquista como comandante, Guilherme, ex-atacante de grandes clubes e da seleção é o responsável a frente da equipe de Novo Horizonte. Jogadores conhecidos como Jéci, Richarlyson e Pedro Carmona também estão no elenco a fim de honrarem o compromisso com o clube.

Semelhanças não faltam e o objetivo é complicado, mas ainda sim, em tempos de clubes-empresa, é bom ter de volta um time que faz questão de resgatar e associar sua nova história com as glórias do passado. Sorte e honra ao novo Novorizontino.

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