quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Felipão: Passagem relâmpago no Coxa


Que um dos assuntos do momento é a situação do Palmeiras e a estranha saída do técnico Luiz Felipe Scolari da equipe palestrina ninguém discorda. Mas há um outro caso muito esquisito envolvendo o técnico Felipão e que este sim, pouquíssimos sabem ou se lembram, já que se trata de um fato ocorrido há mais de 20 anos. Sabia que o Felipão foi técnico do Coritiba por APENAS 20 DIAS?

Felipão no Coritiba: 20 dias e 3 derrotas
Pois é, isto aconteceu em 1990, quando o ainda desconhecido técnico e futuro penta campeão mundial passou por lá. A contribuição para esse "esquecimento" partiu do próprio staff de Felipão, que faz questão de "excluir este emprego" do currículo do treinador.

Naquele ano o técnico ainda era pouco conhecido, mas foi convidado a assumir um Coritiba em crise. Na época, foi indicado pelo técnico Levir Culpi, que o conhecia e elogiava, descrevendo o como um técnico novo (41 anos na época), vitorioso e com experiência internacional: Felipão já havia dirigido a seleção do Kuwait e tinha um título do Gauchão conquistado com o time do Grêmio em 1987.

João Jacob Mehl, ex-presidente do Coritiba
O presidente do Coxa na época, João Jacob Mehl, justifica e de certo modo entende o pouco tempo de Felipão na equipe, afinal a situação do Coritiba era preocupante pois o clube estava endividado e havia caído para a Série B do brasileiro no ano anterior. O que intrigou o ex-presidente foi a forma como tudo ocorreu, já que segundo ele, o técnico foi embora sem se demitir e ainda no ônibus do adversário:

- Quando terminou o jogo, ele saiu do banco do Coritiba, atravessou o campo e foi direto onde estava o Juventude. Pensei: "Ele deve ter ido cumprimentar os jogadores e o técnico". Mas, quando entrei no vestiário, o roupeiro me disse: "Não espere por ele. Já foi embora" - relembra o ex-dirigente.

Pois é, o Coritiba já havia perdido 2 partidas no comando de Luiz Felipe Scolari, derrotas para Juventude por 2 x 0 e Joinville por 4 x 0. No terceiro jogo, nova derrota para o Juventude e o sumiço de Felipão após o jogo, que aproveitou a "carona" com o Juventude para voltar ao Rio Grande do Sul.

Mas segundo Mehl, o técnico já estava decidido a deixar o clube sem avisar ninguém:

- Ele já tinha saído com as suas malas da concentração do Coritiba ainda pela manhã e deixado no ônibus do Juventude. Ele já havia se programado - acusa o ex-presidente.

A assessoria do treinador nega esta hipótese, mas confirma a viagem do técnico com a delegação do Juventude. O ex dirigente Mehl ainda afirma que pensou em procurar Felipão para saber o que ocorreu, mas desistiu da idéia quando percebeu que ele não ia voltar, já que Felipão não pediu demissão e tampouco foi buscar seu pagamento referente aos 20 dias trabalhados.

João Jacob Mehl e Felipão não tocam no assunto quando se encontram, mas o ex-dirigente garante que não guarda mágoa com o técnico e que hoje os dois se dão muito bem:

Felipão no Criciúma-SC
- A forma que ele me cumprimenta, que me trata, mostra muita consideração. Ele virou um amigo fora do futebol e não há nenhuma tristeza quanto ao que passou.

O fato é que após 20 dias, 3 derrotas e uma "saída planejada", Felipão começou sua trajetória de sucesso como técnico de futebol. No ano seguinte assumiu o Criciúma-SC e levou a equipe a maior conquista de sua história, a Copa do Brasil. Depois rodou e conquistou títulos por diversos clubes e... Bem, deixemos isso para outro dia.

*E para deixar claro que esse post se trata apenas de uma informação (exatamente, nada contra o técnico ou suas escolhas), abaixo há uma homenagem ao penta campeão Luiz Felipe Scolari, um dos maiores técnicos da história!

HOMENAGEM FELIPÃO

Fonte: globoesporte.com

sábado, 1 de setembro de 2012

Um Liberiano muito bom de bola!

Poucos sabem ou se lembram, mas um africano já foi sim, o melhor jogador de futebol do mundo! E o que é ainda mais incrível, um jogador Liberiano. 

Nascido em Monróvia em 1966, capital da Liberia, na África Ocidental, George Tawlon Manneh Oppong Ousman Weah, ou simplesmente George Weah, foi reconhecido pela FIFA como o melhor jogador do mundo em 1995, conquistando também a Bola da Ouro, prêmio dado pela revista France Football ao melhor da temporada (naquela época, estes prêmios ainda eram separados).Jogando pelo AC Milan-ITA, o atacante Liberiano ajudo a equipe a conquistar o título da Série A (campeonato italiano) da temporada 1995-1996, desbancando grandes jogadores da época, como Romário, o italiano Baggio e o bulgaro Stoichkov.

George Weah fez história, ao se tornar o primeiro e até agora único africano no topo do futebol mundial. O atacante começou sua carreira no modesto Young Survivors Clareton da Libéria, com apenas 14 anos e após rodar por alguns clubes da África, chegou ao AS Mônaco-FRA em 1988, quando tinha apenas 18 anos. Ali Weah começava a escrever sua história no velho continente. Em 1992, após 4 temporadas de sucesso no Mônaco, se mudou para o Paris Saint Germain, também da França, onde conquistou seu primeiro título nacional na Europa:  Ligue 1. 

Com o sucesso, foi contratado pelo Milan em 1995 para substituir nada mais nada menos que o holandês Van Basten, que se aposentara na temporada passada. Mas George Weah assumiu essa responsabilidade e no clube rossonero teve os melhores anos de sua carreira. Foram 5 anos de Milan, com 46 gols marcados em 114 jogos. Em 2000 se transferiu para o Chelsea-ING mas não repetiu os desempenhos anteriores. Rodou por mais alguns clubes até encerrar a carreira em 2003, no Al Jazira-EAU.

Na seleção liberiana o sucesso se repetiu. Até hoje, é considerado pelos torcedores o melhor jogador da história de sua seleção e de seu país. Foram 22 gols representando as cores de seu país.

George Weah em ação pela Libéria
Em 2001 uma história curiosa. Quando ainda jogava pelo Olympique Marseille-FRA, assumiu também a função de treinador da seleção principal da Libéria. Como treinador começou bem, derrotando a seleção de Gana por 3 a 1, nas eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo, mas mesmo assim, não conseguiu a classificação para o mundial de 2002.

Mas não foi só como jogador que George Weah conseguiu a idolatria. Em 1996, com a delegação liberiana sem dinheiro para disputar torneios, Weah pagou todas as despesas para que sua seleção nacional disputasse a Copa das Nações Africanas daquele ano.

Após encerrar as atividades com futebol, George Weah foi atrás de seu outro sonho: ser presidente da Libéria. Ingressou na política e em 2005, concorreu a presidência, mas foi derrotado pela candidata Ellen Johnson-Sirleaf.

George Weah é até hoje, ídolo e exemplo para seu país. Ainda atua na política e por meio da Fundação George Weah, ajuda as vítimas da guerra civil que por anos acontece em seu país.

Isso tudo justifica o apelido que George Weah recebeu quando ainda jogava na África: Oppong - Super!




Abaixo há um vídeo, com alguns dos gols do atacante George Weah