
Só para situar o caso, vale lembrar o ocorrido. Sheik fazia
uma grande partida, havia marcado os dois gols de sua equipe no jogo, mas ao
reclamar com arbitro após uma falta, levou cartão amarelo. Nesta hora, o
jogador referiu as seguintes palavras a uma das câmeras que filmavam o jogo:
"CBF, é pra vocês". Mas a polêmica principal veio no segundo lance.
Depois de cometer uma falta comum, o jogador levou o segundo amarelo e foi
expulso. Na saída de campo, se aproximou de outra câmera que fica na beirada do
gramado e novamente se manifestou: "CBF, você é uma vergonha, uma
vergonha". Com um a menos, o Fogão levou a virada do Bahia e perdeu por 3
a 2, no Maracanã.
Sim, as palavras foram ditas no chamado "calor do
jogo", mas muito mais que o resultado final, a atitude rapidamente ganhou
as manchetes esportivas do país e abriu precedentes para uma reflexão: Até onde
o jogador tem o direito de se manifestar contra a organizadora do futebol
brasileiro, no caso, a CBF? Talvez o fato de ter partido de um indivíduo que já
se envolveu em inúmeros casos polêmicos faça com que se diminua o apoio, mas o
protesto é muito válido, ainda mais em tempos de discussão sobre uma melhora no
produto futebol, com movimentos que reivindicam mudanças, como o já conhecido
Bom Senso F.C.
No dia seguinte ao ocorrido, Emerson, mais calmo, explicou o
que quis dizer naquele desabafo:


Que isto renderá uma punição ao jogador, não há duvidas, pois
para a CBF e seu fiel parceiro, o STJD, todos erram, menos eles. O jogador
inclusive já foi denunciado. Mas acima disso, declarações como essa podem
resultar em mais protestos em outras frentes do futebol, como clubes, dirigentes
e até outros jogadores. O cair na real destes pode estar próximo. Será uma luz
no fim do túnel? Aguardemos. Para o sheik? Neste caso, parabéns!